Começou a Copa do Mundo e renovam-se as esperanças do hexa. No entanto, esta Copa começa com a alegria de ser brasileiro combalida por fascistas que tentaram sequestrar o país, além dos problemas com o Catar, que comprou e subornou a corrupta FIFA para fazer a Copa em seu país e colocou trabalhadores, em sua maioria imigrantes, em condições de extrema precariedade. Isto não apaga o fundo: o futebol é patrimônio popular!

O Brasil é muito maior do que os vermes golpistas que tentam tomar os símbolos nacionais e a nação, assim como o futebol é muito maior que cartolas safados, dirigentes sanguessugas e manifestações de intolerância.

As Copas sempre caminharam ao lado da política, seja com ambições de legitimação, como faz o regime catari, Mussolini em 1934 e a Ditadura Argentina em 1978. Nem precisa ser sede para tentar usurpar a Copa para si, como tentou fazer a Ditadura Militar brasileira em 70.

A burguesia busca se apropriar e elitizar o futebol pois entende seu potencial, inclusive para consciência de classe. Como outros espaços da sociedade, é atravessado por racismo, machismo e LGBTQIA+fobia mas é também um ambiente ímpar para fazer seu enfrentamento.

Arquibancadas marroquinas entoando a defesa da Palestina Livre, trabalhadores de Liverpool contra o neoliberalismo, o St. Pauli, o Livorno, a Democracia Corinthiana, as torcidas antifas e as tropas de fura bloqueio golpista: não faltam exemplos da mobilização popular no esporte.

As criminalizadas Torcidas Organizadas, mesmo com contradições internas, são também espaços de organização, antes de tudo, de classe. Convivem com a violência estatal, são formadas pelo povo e muitas foram fundadas enfrentando a ditadura num pequeno espaço que permitia escape.

Futebol é um local de mobilização e resistência, mas é também mais: um local sagrado de emoção, alegria, onde se sofre, sorri, chora e ri, comemora, se identifica e se reconhece o quanto o Brasil pode ser, o quanto ele é e o quanto não querem deixar que seja.

Torcer pelo hexa não é apenas torcer por taça ou conquista esportiva: é torcer pelo início de um novo momento no Brasil, depois de golpe, luto e da destruição bolsonarista. Varrer a sanha golpista e tomar os símbolos nacionais para o povo enquanto joga o fascismo na sarjeta.

Alegria pela Seleção Brasileira é também torcer por um Brasil feliz que, junto com o Sul Global, tenha orgulho de ser quem é e faça frente a um decadente Ocidente que nos quer envergonhados e submissos.

PELO POVO FELIZ E PELO HEXA!
MÁTRIA LIVRE, VENCEREMOS!


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