As BPs são uma organização militante, popular e de massas, socialista, classista, feminista, antirracista, anti-imperialista, anti-punitivista e nacionalista-revolucionária, atuando em locais diversos como ocupações, periferias, bairros, organizações comunitárias, coletivos, sindicatos, escolas e universidade, atualmente presentes na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Pará e Pernambuco. Junte-se às Brigadas!

Com diferentes tipos de atuação em diferentes territórios, temas e pautas, a organização está sustentada por estruturas de base e instâncias de direção. Entre as estruturas de base estão Brigadas territoriais, atuando em locais como ocupações, periferias, universidades, e as Brigadas temáticas, atuando em pautas, eixos e temas como antiprisional, feminismo, movimento negro, comunicação, transporte e sindicatos.

A estratégia de trabalho de base das Brigadas Populares tem como eixo fundamental a organização do povo e, para fazer frente aos desafios da conjuntura, trabalhar com a Resistência Popular Prolongada (RPP), disputando cotidianamente os espaços, tempos e territórios, visando um enfrentamento em um quadro de assimetria de forças em conflito, que é o caso brasileiro.

Principal instrumento de materialização da RPP, as Comunas são unidades territoriais de organização social e política do povo. As comunas são um dispositivo político e físico implantado nos territórios com o objetivo de engajar a comunidade em atividades que elevem seu perfil de organização e seu comportamento político. Assim, o sujeito social se cria por meio do seu protagonismo e de sua identificação com uma narrativa alternativa à dominante (esta pautada no individualismo e na fragmentação das demandas comuns).

As comunas desenvolvem atividades relacionadas à educação popular, organização comunitária, economia popular solidária, cursinhos populares, cultura, acolhimento de demandas do cotidiano, orientação jurídica e muitas outras ações. Essas atividades respondem a demandas imediatas e criam o contexto para o estabelecimento de uma identidade coletiva e de estruturas de afeto e solidariedade que se expressam em engajamento político.

Saiba mais sobre a Resistência Popular Prolongada (RPP) e as Comunas neste artigo!

Outro instrumento foram as Brigadas em Defesa do Brasil (BDBs), células de base de um amplo movimento, organizado em 2016, que teve como compromisso promover o envolvimento ativo do povo em favor da democracia e da soberania de nosso país, propondo a resistência, a autodefesa não-violenta e a organização.

Métodos de trabalho

As Brigadas Populares existem para ampliar a capacidade de intervenção política do povo brasileiro. Somos uma ferramenta social e política que luta tanto para resolver nossos problemas mais imediatos quanto para o desenvolvimento de uma Nova Maioria para o país. A partir das massas, com o povo e pela luta!

Nosso trabalho está assentado em diretrizes:

a) Auto-organização dos/as oprimidos/as;
b) Democracia e participação popular;
c) Ponto de partida na situação da vida do povo;
d) Relação intrínseca entre lutas imediatas e lutas políticas.

Nosso método segue etapas básicas:

  1. Sempre partir da realidade concreta. Em qualquer trabalho político, a primeira ação é a investigação ou o diagnóstico da realidade vivida pelo setor social no qual se pretende atuar.
  2. Inserir-se no cotidiano do povo. A convivência direta com a base permite testar a validade do conhecimento produzido. Além disso, é o caminho para a geração de confiança mútua.
  3. Construir uma pauta de luta. Ao diagnosticar a situação e inserir no cotidiano, abre-se a possibilidade de iniciar uma agenda de luta. A pauta deve ser concreta, compreensível e justa.
  4. Definir adversários e aliados. A luta sempre contraria interesses, principalmente dos detentores de poder político e econômico; ganhar significa derrotar algo, conquistar diretos significa contrariar privilégios. É preciso mapear os atores do conflito.
  5. Planejar, executar e avaliar. Tendo claro o que se quer e contra quem se luta, fica mais claro definir táticas e estratégia para a ação. Os três momentos (planejamento, execução e avaliação) devem ser participativos, envolvendo o conjunto dos envolvidos na luta. São momentos de formação, responsabilização e engajamento do povo.
  6. Organizar, organizar e organizar. Essa é a regra de ouro. Sem organização não é possível que o povo se constitua como poder real, ou seja, reconheça e construa sua condição de sujeito transformador. Organização não significa ficar restrito às instituições formais: é promover bases coletivas de pensamento e ação que podem assumir os mais diversos formatos na luta.

A partir das massas, com o povo e pela luta. Venceremos!