O Brasil é um país extremamente violento com as minorias políticas, com a esquerda e com defensores de direitos humanos no geral. No governo Bolsonaro, vemos um crescimento significativo da violência política, com empoderamento forte dos setores mais podres, genocidas e nazi-fascistas da sociedade.
É preciso combatê-los com vigor e os devolver para o esgoto de nunca deveriam ter saído. É preciso, também, nos protegermos. Segurança militante e auto-defesa não podem ser renegados pela esquerda – precisamos de todas, todos e todes vivos, bem e em condições de militar.
Compartilhamos aqui a Cartilha Básica de Segurança Militante(https://brigadaspopulares.org.br/cartilha-basica-de-seguranca-militante/) – que está desatualizada e será refeita este ano – e algumas dicas básicas de proteção:
- Grupos, coletivos, organizações, mandatos, campanhas: todo mundo precisa realizar análises de ameaças e, assim, identificar vulnerabilidades e atuar para reduzir riscos. É o ponto de partida básico.
- Eventos públicos, manifestações, atos e comícios são alvos óbvios. É preciso planejar com cuidado a segurança destas atividades e destacar pessoas para proteção, pensando em itens como, por exemplo, controle de acesso, saídas de emergência, contato com forças policiais, seguranças treinados, primeiros socorros e equipamentos de proteção.
- Segurança física de militantes deve ser pensada em todos os momentos. Andar com camisetas, bandeiras, broches pode transformar a pessoa num alvo.
- Evitar andar só, planejar rotas, vestir roupas identificadas como de esquerdas apenas depois de chegar num ato são medidas básicas essenciais.
- Autodefesa é importante, mas proteção vai muito além de treinar artes marciais ou portar sprays de defesa (e, se portar, garanta que são legalizado e efeitivos). Primeiros socorros, planejamento de segurança, organização e comunicação são itens de igual importância – pensando inclusive que muitas pessoas, por condições físicas e/ou de saúde não podem contar com força física como medida de proteção. Segurança real não é apenas pensar soluções individuais. Ninguém solta a mão de ninguém deveria significar mais do que posts de redes sociais.
Militância tem de ser feita com segurança. Vamos nos proteger enquanto varremos o lixo fascista do Brasil – um processo que, certamente, não se limita ao momento eleitoral e exige responsabilidade e seriedade.
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