Um terreno que fazia parte de antigos castanhais de uso comum do povo, foi desmatado e  abandonado. Está localizado no município de Marabá-PA, entre a ferrovia Carajás e o bairro Nossa senhora Aparecida e, segundo moradores das proximidades, estava servindo para prática estupros e uso de drogas foi ocupado por trabalhadores e trabalhadoras sem moradia em 25 de julho passado.

Logo após a ocupação aparece um tal dito proprietário da área, trata-se de um empresário especulador de nome Cornélio Pereira Bitares, que possui um grande empreendimento comercial no bairro. Desde aí o empresário contratou uma segurança armada particular que permanecem 24 horas no local sob uma tenda. Esta guarda tem provocado as famílias com ameaças e agressões constantes.

O poder público municipal só se manifestou através do Conselho Tutelar para determinar que as famílias não levassem suas crianças para a ocupação, pois poderia haver confrontos.  Ora com quem deixá-las?  Também apareceram policiais da Delegacia de Conflitos Agrários, sem ameaças explícitas.

Nesta quarta feira(21) a juíza de direito respondendo pela 2ª Vara Cível e Empresarial de Marabá-PA, Aline Cristina Breia Martins, deferiu o pedido de tutela de urgência, para desocupação dos imóveis, de forma voluntária pelos requeridos e demais posseiros sob pena de multas diárias, em um prazo de 48 horas a contar da intimação.

As famílias receberam a decisão da juíza com muita indignação por considerar tratar de famílias de  carência financeira, sem moradias e despossuídas de seus direitos como cidadãos e cidadãs. E por tratar-se de uma área abandonada com fins especulativos e que estava causando enormes transtornos para moradores do entorno. Nós, das Brigadas Populares, repudiamos tal absurda decisão e nos solidarizamos com todas as famílias e a diretoria da Associação de Moradores do Bairro Ferrovia, exigimos imediato posicionamento do Prefeito Municipal,  e convocamos todos democratas, trabalhadores rurais e urbanos, especialmente professores e estudantes, para nos juntarmos em um Comitê em Defesa dos Direitos à Terra, e em especial a estas famílias agora ameaçadas e desamparadas.

Categorias: Publicações

0 comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.