Estamos a todos os dias estarrecidos diante das barbaridades que o exército sanguinário de Israel, apoiado principalmente pela força imperialista dos Estados Unidos e da Inglaterra, contra o povo da Palestina, agora do Líbano, com perspectiva de alastrar-se para todo Oriente Médio. São civis barbaramente e impiedosamente assassinados por bombas, baionetas, fome, sede e torturas sob as gargalhadas e comemorações de soldados fortemente armados contra populações desarmadas e indefesas.
Enquanto tudo isto acontece lá fora parece fecharmos os olhos para o que acontece em nosso país, nas ruas do Rio de Janeiro pessoas são fuziladas com mais de setenta tiros de escopetas por policiais, pobres negros assassinados a todo instante por serem rotulados como ameaças aos nobres ricos verdadeiros ladrões do suor, do sangue e do trabalho da população dominada e oprimida pela coerção das forças opressoras do Estado.
No campo, camponeses, indígenas e quilombolas assassinados a todo instante, por latifundiários grileiros acobertados por policiais e assassinados por policiais a serviço do latifúndio. Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará, Maranhão e Rondônia, são os Estados onde se tem registrado os maiores índices de assassinatos nos últimos cinco anos. Foi assim no governo de Bolsonaro fascista e continua no governo do Lula “democrático”.
A ação dos policiais em defesa dos interesses de empresários do campo e da cidade, e de seus interesses, sempre foi carregada de truculência e crueldade, com torturas, prisões, humilhações, queima de casas, plantações, pertences e assassinatos, muitas das vezes com requinte de crueldade. Vejamos em Rondônia o Massacre de Corumbiara, no Pará, a prisão dos padres e posseiros em São Geraldo do Araguaia, os posseiros do Gógó da Onça, a chacina da ponte do Rio Tocantins, o massacre de Eldorado, a guerra contra camponeses na Forquilha, a chacina de Pau D’Àrco, e agora a chacina da Mutamba. No Estado do Pará a intensa matança de camponeses pós período dos castanhais vem desde o primeiro governo dos Barbalhos que se inicia em 1982.
Segundo reportagem da Agência Pará, no dia 16 de setembro o governo do Estado anunciou a implantação, em Marabá, da base da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais(Core), com o objetivo de ampliar a atuação tática e ações estratégicas da Polícia Civil em Marabá.
Na madrugada do dia 11 de outubro, policiais fortemente armados apoiados por uma logística de motos, caminhonetes e Helicóptero invadiram um acampamento de camponeses, na fazenda Mutamba, assassinaram dois senhores, feriram uma dezena e prenderam quatro. Sob os gritos dos policiais de: “perdeu, perdeu”, caracterizando uma revanche de disputa de forças armadas contra desarmados.
Eis a confirmação de que a serviço de quem está o governador com a ampliação de bases policiais e ampliação de suas operações táticas e estratégicas. Diante da constatação da necessidade de tanta força repressiva contra o povo e principalmente contra camponeses que sempre foram incômodos para os latifundiários, aliados de primeira mão dos governos, cabe a todos nós contrários a esta situação que continuemos nos colocando solidários à luta camponesa e aprimorando nossos instrumentos que sejam capazes não só de resistir, mas também de enfrentar as forças repressivas da atualidade, nacionais e imperialistas.
Não a COP-30!
Viva a luta camponesa!
CEPASP 40 ANOS!
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